11.6.07

criacionismo

Dentro do termo "criacionismo", um vasto espectro de hipóteses podem ser enquadradas, visando sustentar interpretação em diversos graus de literalidade de livros sagrados como Gênesis ou o Corão.
Existem também uma versão que não são faz referências religiosas explicitamente, a hipótese do desenho inteligente (DI, ou ID, de intelligent design), recurso utilizado como tentativa de combate a teorias científicas conflitantes com o fundamentalismo religioso em aulas de ciência, assim que nos Estados Unidos da América julgou-se inconstitucional a introdução do criacionismo religiosamente explícito nas aulas de ciência. Recentemente, novas tentativas têm sido feitas sob uma nova roupagem, advogando pelo que chamam de uma "análise crítica da evolução".
Na maioria das civilizações antigas, tanto como nas atuais, é possível encontrar relatos explicando a origem de tudo como um ato intencional criativo, muitas vezes destacando uma[s] figura[s] como o[s] originador[es] da vida.
As concepções criacionistas comumente não limitam a ação de um deus à criação do universo e da vida. O Deus judaico-cristão,interfere no destino do seu povo, enviando o dilúvio, conduzindo os casais de animais para a arca de Noé, mandando as pragas ao Egito, abrindo o Mar Vermelho, parando o Sol para Josué consolidar sua batalha, curando e até ressuscitando pessoas, transformando água em vinho, e mais uma infinidade de milagres.
O criacionismo, da forma em que este termo é utilizado nos dias de hoje, principalmente na imprensa, é um fenômeno tipicamente americano; refere-se principalmente ao protestantismo norte-americano, de origem sulista e fundamentalista. Fundamentalistas bíblicos que querem incluir nas escolas a idéia de que os relatos bíblicos são uma descrição literal, científica, de como o mundo foi criado, e não como o vêem os católicos e outras igrejas, como uma alegoria. O catolicismo, por exemplo, não tem conflito nenhum com a ciência evolucionista, entendendo os relatos bíblicos como uma descrição meramente poética da criação.
Outros grupos religiosos não chegam tão longe a ponto de negar a historicidade do texto bíblico, mas propõem que, os tais "seis dias" da criação poderiam representar, talvez, 6 eras geológicas, em vez de dias literais de 24h.
Mas os chamados fundamentalistas insistem em que esta interpretação é errada, e que o mundo realmente foi criado por volta do ano 4000 AC, como se deduz do relato bíblico, somando-se as idades dos patriarcas.

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