1.6.07

degelo glacial tibetano causará 'crise hídrica'

PEQUIM - O acelerado degelo das geleiras do planalto tibetano, provocado pelo aquecimento global, coloca em risco o suprimento de água de milhões de pessoas na China e no sudeste asiático, alertou nesta quarta-feira o Greenpeace. Isso por que são as geleiras de Qinghai-Tibet, que alimentam os grandes rios da Ásia, entre eles o Amarelo, o Yangtzé, o Mekong e o Ganges, em cujas margens vivem centenas de milhões de pessoas, de acordo com Li Yan, responsável pela campanha do grupo na China.
Segundo ela, o contínuo aumento das temperaturas no Everest - que chega a 0,4 graus por década, o dobro da média chinesa e o triplo da mundial - apressa o derretimento da neve e sua evaporação. A alteração do ritmo natural de degelo e a conseqüente acumulação de água das geleiras nos "lagos instáveis" que se formam e que acabam transbordando já se constituem grandes ameaças para a vida dos que vivem rio abaixo.
"O inverno é agora tão quente quanto o verão e não há gelo", diz em um vídeo divulgado pelo Greenpeace um monge tibetano que há 20 anos vive em um monastério ao lado da geleira Rongbuk.
Os resultados do estudo se seguem a três expedições realizadas por membros do grupo ecologista à região, nos últimos meses. O atual nível das geleiras tibetanas foi comparado com fotografias tiradas na região há quase quatro décadas.
“ Uma grande parte da geleira Rongbuk, a maior do monte Everest, desapareceu. Isso é uma séria advertência ”
"Uma grande parte da geleira Rongbuk, a maior do monte Everest, desapareceu. Isso é uma séria advertência. Devemos agir imediatamente ou a maioria das geleiras desaparecerão nas próximas décadas", disse Li.
Os ecologistas observaram "o mesmo drástico degelo" na região onde nasce o rio Amarelo, também no planalto tibetano, e notificaram o desaparecimento das outrora características torres de gelo da região.
Para combater o problema, o Greenpeace pressionou o governo chinês a reduzir as emissões de dióxido de carbono e adotar uma "revolução" baseada nas energias renováveis. Segundo o último informe da ONU, citado pelo grupo ecologista, caso seja mantido o atual ritmo anual de aquecimento global, 80% das geleiras do Himalaia terão derretido em 30 anos, o que ameaçará o suprimento de água de um sexto da população mundial.
Outros estudos são mais otimistas. Segundo a Avaliação de Mudanças Climáticas da China, em 2050, cerca de 27% das geleiras do planalto tibetano terão derretido.

28.5.07

yin yang na filosofia chinesa

Diagrama do Taiji Tu (太極圖) Em chinês este conhecido símbolo que representa a integração de Yin e Yang é denominado como diagrama do Taiji Tu. O príncipio da dualidade do Yin e Yang tem origem no Tao(ou Dao), filosofia e metafísica da cultura daquele país.
Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equiliíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:
Yin: o princípio passivo, feminino, noturno, escuro, frio
Yang: o princípio activo, masculino, diurno, luminoso, quente.
Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidade são, não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenoménico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.
Os exemplos acima não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yin como negativo apenas indica que ele é negativo quando comparado com Yang, que será positivo. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a protons e electrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.
O diagrama do Taiji simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. (Preto) e (branco) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.
A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Taiji expressa esse conceito: o Yin dá origem ao Yang e o Yang dá origem ao Yin.
Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da natureza foram representados não apenas pelo claro e pelo escuro, mas, igualmente pelo masculino e pelo feminino, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo. Yang, o forte, o masculino, o poder criador era associado ao céu, enquanto o Yin, o escuro, o receptivo, o feminino, o material, era representado pela terra. O céu está acima e esta cheio de movimento. A terra - na antiga concepção geocêntrica - está em baixo e em repouso.Dessa forma, yang passou a simbolizar o movimento e yin o repouso.No reino do pensamento, yin é a mente intuitiva, feminina e complexa, ao passo que yang é o intelecto masculino, racional e claro; yin é a tranqüilidade contemplativa do sábio, yang a vigorosa ação criativa do rei.

27.5.07

lugares do outro mundo : meteora - grécia

por: ultravioletas

as quatro nobres verdades

Dukkha ariya sacca A primeira verdade nobre é a Dukkha ariya sacca sofrimento , insatisfação, mais precisamente, dukkha, que é uma das três marcas da existência. Ela quer dizer que a mente, tomada pela ignorância, não é capaz de dissociar a insatisfação da experiência sensorial.
Dukkha samudaya ariya sacca
O desejo (pelo prazer sensual, desejo pelo devir, desejo por não-devir) é a origem de dukkha, a segunda nobre verdade. Aqui é apresentado o motivo pelo qual a mente ignorante nunca está plenamente satisfeita: através dos sentidos, entra em contato com sons, aromas, sabores, sensações táteis e idéias, e adquire apego às sensações agradáveis e aversão às desagradáveis. Entretanto, como o mundo está em constante mutação, esse desejo nunca se satisfaz.
Dukkha nirodho ariya sacca
É através da compreensão do processo que causa a insatisfação que o desejo pode ser abandonado e assim alcançar a cessação de dukkha, ou nirvana, a terceira nobre verdade. Se a insatisfação surge porque a mente está constantemente projetando sua felicidade e sua tristeza na experiência sensorial, se esse condicionamento for eliminado é possível alcançar uma satisfação incondicionada.
Dukkha nirodha gamini patipada ariya sacca
A quarta verdade nobre é o caminho que conduz à cessação da insatisfação, ou seja, um conjunto de práticas que permitem reconhecer a verdadeira natureza da mente e sua relação com os sentidos, de forma que a experiência sensorial deixe de ser um aspecto condicionante da felicidade e tristeza, portanto eliminando a insatisfação em sua origem. Esse conjunto de práticas é conhecido como o Nobre Caminho Óctuplo.

free tibet // tibete livre

visite e saiba mais em: http://www.freetibet.org/

5 ritos tibetanos

Os 5 Ritos Tibetanos é uma série de exercícios repetitivos onde o praticante consegue elevar a energia logo que termina de executá-los. Há diversos depoimentos de quem o fez ou faz. O livro “A Fonte da Juventude” de Peter Kelder explica com detalhes esses movimentos muito parecidos com a Yoga.

RITO 1

Fique em pé, com os braços na horizontal, e gire, num círculo completo, todo o corpo no sentido horário [sentido dos ponteiros de um relógio que estivesse nos seus pés]. Para diminuir a tontura, procure fixar o olhar em um ponto fixo, o máximo que puder, durante o giro. Diminuir a velocidade de giro do corpo também ajuda a diminuir a tontura. Descançe até sumir a tontura, antes de ir para o Rito 2.

RITO 2
Deite de costas no chão, estenda os braços ao longo do corpo e vire as palmas das mãos para baixo, mantendo os dedos fechados. Então, erga a cabeça do chão, encostando o queixo no peito. Ao mesmo tempo, vá levantando as pernas, com os joelhos retos, até ficarem na vertical. Se possível, deixe as pernas descerem um pouco para trás, ficando sobre a cabeça, mas não dobre os joelhos. Depois, vagarosamente, abaixe a cabeça e as pernas, mantendo os joelhos firmes e retos, até voltar à posição inicial. Deixe os músculos relaxarem um pouco e depois repita o rito. Ao repeti-lo, vá estabelecendo um ritmo mais lento para sua respiração. Inspire profundamente quando estiver levantando as pernas e a cabeça, e exale ao descê-las. Inspire e exale sempre pelo nariz. Entre as repetições, no relaxamento, continue respirando no mesmo ritmo. Quanto mais profundas as respirações, melhor.

RITO 3
Ajoelhe-se no chão com o corpo ereto e os braços estendidos paralelamente ao corpo. As palmas das mãos devem ficar encostadas na lateral das coxas. Incline a cabeça para a frente, até o queixo tocar o peito. Depois, atire a cabeça para trás, o máximo possível e, ao mesmo tempo, incline-se para trás, arqueando o corpo. Nesse movimento você se escorará nas mãos que se apóiam nas coxas. Feito isso, volte à posição original e comece de novo o rito. Como no Rito 2, você deve estabelecer uma respiração ritmada. Inspire profundamente quando arquear a espinha para trás e exale ao voltar à posição ereta. A respiração profunda é extremamente benéfica, porisso encha os pulmões o máximo que conseguir.

RITO 4
Primeiro, sente-se no chão com as pernas estendidas para a frente, deixando uma distância de uns quarenta centímetros entre os pés. Mantendo o corpo ereto, coloque as palmas das mãos no chão, voltadas para frente, ao lado das nádegas. Depois, incline a cabeça, fazendo o queixo tocar o peito. Em seguida, incline a cabeça para trás o máximo possível. Ao mesmo tempo, erga o corpo de modo que os joelhos dobrem enquanto os braços permanecem retos. O tronco e as coxas deverão ficar retos e alinhados horizontalmente em relação ao chão; os braços e as canelas estarão em posição perpendicular ao chão. Então, tensione todos os músculos do corpo que puder. Por fim, relaxe ao voltar à posição inicial e descanse antes de repetir este rito. Uma vez mais, a respiração é importante. Inspire profundamente ao elevar o corpo, segure a respiração durante o tensionamento dos músculos e exale completamente enquanto volta à posição inicial. Continue respirando no mesmo ritmo no intervalo entre as repetições.

RITO 5
Deite-se de bruços no chão. Em seguida, erga o corpo, apoiando-se nas palmas das mãos e dedos dos pés, que deverão ficar flexionados. Durante todo o rito, mantenha uma distância de cerca de 40 centímetros entre os pés e entre as mãos. Mantendo pernas e braços retos, arqueie a espinha e leve a cabeça para trás o máximo possível. Depois, dobrando-se nos quadris, erga o corpo até ele ficar como um 'V' invertido. Ao mesmo tempo, encoste o queixo no peito. Volte à posiçao inicial e repita o rito. Tensione os músculos por um instante, tanto no ponto mais alto como no mais baixo. Siga o mesmo padrão de respirações profundas e lentas que usou nos outros ritos. Inspire ao erguer o corpo, em V, e exale quando o abaixar. Lembre-se de que você só volta à posição inicial - deitado de bruços no chão - quando tiver completado todo o ciclo de repetições.

estados unidos rejeitam posição alemã sobre clima

Os Estados Unidos rejeitaram a tentativa da Alemanha de fazer com que o Grupo dos Oito (G8) determine cortes maiores nas emissões de carbono, segundo um documento preliminar que será apresentado na reunião do grupo, no mês que vem.Como os termos da rejeição são bastante veementes, fica armado o cenário para um impasse na cúpula a ser realizada no resort alemão de Heiligendamm, entre 6 e 8 de junho. "Os EUA têm preocupações sérias, fundamentais sobre este rascunho da declaração", diz em letras vermelhas uma observação no início do comunicado obtido pela agência de notícias Reuters na sexta-feira (25).
A Alemanha, que preside o G8, quer que a cúpula determine metas e cronogramas para o corte drástico na emissão de carbono e para a melhora na eficiência no uso da energia para o transporte."O tratamento das mudanças no clima vai contra nossa posição (EUA) e cruza vários 'limites' em termos daquilo que nós simplesmente não podemos concordar", lê-se no documento preliminar visto pela Reuters.
A chanceler alemã, Angela Merkel, com o apoio do premiê britânico, Tony Blair, quer que o grupo dos países mais industrializados do mundo mais a Rússia chegue a um acordo para conter o aquecimento global neste século, para atingir no máximo 2ºC na média; cortar até 2050 as emissões de carbono globais para níveis 50% menores que os de 1990; aumentar em 20% a eficiência energética no consumo de eletricidade e de combustíveis até 2020.
Os EUA, que não participam do Protocolo de Kyoto - o programa da ONU para o corte de emissões - por considerá-lo um suicídio econômico, é veementemente contra qualquer meta ou cronograma de cumprimento obrigatório.O governo norte-americano também é contra o comércio de carbono, já que ele significa implicitamente que haverá um teto nas emissões."As propostas dentro das seções intituladas 'Combatendo as Mudanças no Clima' e 'Mercados de Carbono' são fundamentalmente incompatíveis com a abordagem do presidente às mudanças no clima", dizia outra observação em vermelho no documento.
O grupo ambientalista Greenpeace disse que a posição dos EUA põe em dúvida as declarações confiantes de Blair de que os norte-americanos estavam ficando mais moderados com a aproximação da cúpula."A tentativa de Bush de obstruir qualquer acordo significativo na cúpula do G8 em junho é tão criminosa quanto era de se esperar; Merkel precisa agora deixar bem claro o isolamento de Bush em Heiligendamm", disse John Sauven, diretor do Greenpeace. Diplomatas afirmam que, faltando menos de duas semanas para a cúpula, ainda não dá para saber se ela vai dar origem a alguma declaração relevante sobre o clima.
(Reuters/ Globo.com)